segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Alimentação Escolar

Merenda escolar tem pior avaliação no Norte e Nordeste

Números do Ipea mostram que maioria no Sul e Centro-Oeste aprova a qualidade dos alimentos
As populações do Norte e Nordeste são as que têm a pior avaliação sobre a qualidade da merenda oferecida nas escolas brasileiras. Enquanto, na média nacional, 59,5% acham que a qualidade dos alimentos servidos é boa, nessas duas regiões a maior parte avalia o serviço como regular: 39,7% no Norte e 47% no Nordeste.

Os números foram apresentados nesta segunda, dia 28, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir de 2.773 entrevistas realizadas em novembro. O objetivo foi captar a opinião da população sobre políticas e serviços públicos na área da educação. Menos de 43% acreditam que o impacto de programas de alimentação escolar sobre o desempenho dos alunos é bom ou muito bom e 17% acham que é ruim.

No Sul e no Centro-Oeste, mais de 70% dos entrevistados disseram que a qualidade dos alimentos oferecidos é boa. Sobre a quantidade dos alimentos, mais uma vez a pior avaliação foi feita pelos nortistas e nordestinos: 52,6% e 53,6%, respectivamente, consideraram “pouca” ou “muito pouca” a quantidade de comida ofertada. No Sul do país, esse percentual é inferior a 15%. Na média nacional, a maioria (67%) avalia como suficiente a quantidade servida nas escolas.

A oferta de merenda nas escolas é responsabilidade dos estados e municípios, com apoio do governo federal. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Ministério da Educação, repasse atualmente R$ 0,30 por aluno ao dia para custeio desse serviço. O restante deve ser complementado pelos governos estaduais e municipais.

Livros
O Ipea também avaliou a percepção sobre a distribuição de livros didáticos, ação desconhecida pela maior parte (68%) do público. Entre os quesitos conservação, conteúdo, quantidade e qualidade dos exemplares, a avaliação mais baixa foi em relação ao primeiro item: 49% consideram o estado de conservação dos livros ruim ou regular. As obras distribuídas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do MEC, são repostas após três anos de uso.

O Ipea também aponta o desconhecimento da sociedade em relação aos conselhos escolares, cuja função é acompanhar a gestão administrativa, financeira e pedagógica de uma unidade de ensino. Mais de 70% da população desconhecem a existência dessa instância, que deve ser composta por representantes de pais, estudantes, professores, servidores da escola e membros da comunidade local.



AGÊNCIA BRASIL

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Discussão sobre o uso de remédios para emagrecer


Segue a carta enviada a ANVISA pelo Dr Alfredo Halpern.

Vale a pena a leitura para que se possa tirar as próprias conclusões.

Confira a carta na íntegra:

"Ilmo Dr Dirceu Barbano

Digníssimo Superintendente da ANVISA

Tendo tido o conhecimento do movimento da ANVISA no que concerne à
avaliação de retirada dos medicamentos antiobesidade de ação
central permita-me colocar a minha posição em relação ao assunto.

Primeiramente devo lhe dizer que sou Professor de Endocrinologia da
Universidade de S.Paulo, fundador e presidente por 2 vezes da
Associação Brasileira para o Estudo de Obesidade (ABESO),
representante da ABESO junto à Associação Brasileira de
Endocrinologia e Metabológia (SBEM), coordenador do Departamento de
Síndrome Metabólica da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e
Chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das
Clínicas da Universidade de S.Paulo.

Mais que estes títulos, no entanto, tenho vivência com o problema
da obesidade e do tratamento dos obesos há quase 45 anos.

Isto me faz afirmar que obesidade é doença complexa, multifatorial
e que a convicção de que só dieta e atividade física podem
resolver o problema é inconsistente, não só na minha opinião como
na opinião de estudiosos do assunto de nível nacional e
internacional.

Neste contexto, boa parte dos pacientes obesos, sobretudo os que têm
graves consequência advindas da obesidade (como diabetes,
hipertensão, infarto, derrame, câncer, apneia do sono, etc)
necessitam de outros recursos, além da tentativa de mudança de
estilo de vida, para emagrecer e poder ter melhora destas
complicações.

E estes recursos são ou medicações ou em casos extremos cirurgia
bariátrica.

Quanto às medicações antiobesidade, infelizmente contamos com um
arsenal terapêutico exíguo, mas sem dúvida nenhuma útil em uma boa
parte dos pacientes.

Quanto aos medicamentos existentes minha opinião (e a opinião de
meus colegas da ABESO) está expressa nas diretrizes que elaboramos e
que submetemos à Associação Médica Brasileira.

As diretrizes foram elaboradas com todo o cuidado e levaram em conta
os estudos principais efetuados com todas as classes de medicamentos

Ficou claro pelo nosso trabalho que os medicamentos existentes podem
ser muito úteis mas que certamente têm contraindicações ao seu uso
e podem causar colaterais (como qualquer medicamento em qualquer
doença de qualquer especialidade).

No nosso Ambulatório do HC, em funcionamento há mais de 25 anos, e
no qual atendemos cerca de 10.000 obesos, usamos medicamentos
antiobesidade em mais de 90% dos nossos pacientes, que são na sua
esmagadora maioria portadores de doenças associadas.

Orgulho-me em dizer que como resultado geral (e disto podem
testemunhar dezenas de médicos, principalmente residentes, que
passaram pelo Ambulatório) obtemos em media uma perda de peso
significativa e uma nítida melhora nas complicações da obesidade.

Como contraponto, quando por determinadas razões nossos pacientes
deixam de tomar medicação antiobesidade, o reganho de peso e das
comorbidezes é a regra.

Prezado Dr Dirceu, não tenho nenhuma dúvida que muitas vezes as
medicações contra obesidade fazem a diferença entre o indivíduo
estar obeso doente e tornar-se um paciente são, e por este motivo é
que lhe peço que os medicamentos antiobesidade existentes sejam
mantidos no Brasil.

Por outro lado, a opção por um ou por outro tipo de medicamento
depende muito das características e resposta clinica dos pacientes, o
que implica em que todos os atuais continuem liberados (com todas as
condições e cuidados que a ANVISA exige).

Finalmente quero abordar 2 argumentos levantados pelos representantes
da ANVISA na sua argumentação contra os remédios para emagrecer:

1. "Que os medicamentos não são efetivos porque a obesidade cresce
no Brasil".

A resposta para a questão é: a obesidade cresce no Brasil apesar de
todas as campanhas dirigidas pelas autoridades e sociedades médicas
(com as quais tenho tido oportunidade de colaborar), o que mostra que
tentativas de educação para mudança de estilo de vida por enquanto
estão falhando (aliás, o mesmo acontece no resto do mundo).

Por outro lado, o crescimento da obesidade no Brasil nada tem a ver
com os medicamentos, pois eles são prescritos para tratar e não
prevenir a obesidade.

2. "Que o Ministério da Saúde colocará à disposição da
população medicamentos para as comorbidezes associadas à obesidade
(diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia, etc)".

Primeiramente devo dizer que a obesidade é causa de morbidade e
mortalidade em parte independentes das doenças associadas.

Com esta filosofia de deixar o obeso com seu excesso de peso (e
provavelmente com mais ganho de peso ainda) haveria um consumo
excessivo de medicações (antidiabéticos, antihipertensivos,
antidislipidémicos, etc) com todas as consequências (inclusive
sabendo-se que tais medicamentos também apresentam colaterais).

Finalmente, e a prevalecer a filosofia de combate às consequências
da obesidade, o governo terá que também disponibilizar mais
aparelhos de CPAP (para apneia do sono) e equipes cirúrgicas (para
cirurgia bariátrica).

Por todos estes argumentos emanados de alguém que vem lutando há
muitos anos contra a obesidade, solicito à ANVISA que abandone a
idéia de abolir os medicamentos antiobesidade de atuação central no
Brasil pois, se não ideais, eles são o que de melhor temos em
terapêutica farmacológica para esta terrível afecção que é a
obesidade.

Respeitosamente

Alfredo Halpern

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nossas crianças!!! Obesidade por todos os lados!


Olá, hoje vou postar algumas fotos do panorama das nossas crianças.
Mesmo em países considerados pobres encontramos muitas crianças obesas...

Temos que educar nutricionalmente nossas crianças!
Alimentação saudável sempre será a melhor saída!
Atividade física e diminuição do tempo exposto a TV!
Chave para a saúde do seu filho.






quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Popeye tinha razão...


Um estudo científico demonstrou que Popeye tinha razão ao afirmar que sua força vinha do espinafre.

O famoso marinheiro, personagem de quadrinhos americano que depois virou desenho animado, engolia o conteúdo de uma lata de espinafre cada vez que tinha que utilizar seus músculos para sair de uma encrenca.

Agora os pesquisadores descobriram que comer um prato de espinafre todos os dias realmente aumenta a eficiência muscular.

O consumo de 300 gramas de espinafre reduz em um 5% a quantidade de oxigênio necessária para o funcionamento dos músculos quando se faz exercício físico, segundo um estudo publicado na revista "Cell Metabolism".

O segredo não está no ferro, mas nos nitratos, muito abundantes nessa hortaliça e que chegam com mais eficiência às mitocôndrias, que produzem energia nas células.

"É como se puséssemos combustível nos músculos. O espinafre faz com que funcionem com muito mais suavidade e eficácia", afirma o autor do estudo, Eddie Weitzberg, do Instituto Karolinska, de Estocolmo.

O cientista deu a um grupo de voluntários durante três dias suplementos puros de nitrato em uma quantidade equivalente à encontrada em um prato de espinafre.

No começo e no final da experiência, os voluntários pedalaram em uma bicicleta ergométrica enquanto era medido seu consumo de oxigênio, que foi entre 3% e 5% menor do que no final da atividade.

"É um efeito profundo e significativo. Demonstra que Popeye tinha razão", comenta o especialista.