quarta-feira, 20 de abril de 2011

BULLING FAZ ADOLESCENTES OBESOS PROCURAREM CIRURGIA




Usada como método para combater a obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica tem sido o procedimento mais procurado por adolescentes que sofrem bullying. Pesquisa diz que 30% dos estudantes já foram vitimas dessas agressões

A população jovem brasileira está engordando. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE, referente aos anos de 2008 e 2009, mostram que 21,7% dos jovens entre 10 e 19 anos estão acima do peso e mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos apresentam excesso de peso.

Com o crescimento da obesidade nas crianças e jovens, cresce também os casos de bullying, que são caracterizados por agressão física ou moral que um indivíduo ou um grupo praticam contra outras pessoas. De acordo com a pesquisa do IBGE, 30% dos estudantes brasileiros já foram vítimas dessas agressões.
Esse fato coloca o bullying como um dos principais motivos dos adolescentes para buscar a cirurgia bariátrica como tratamento para a obesidade.

No ano de 2009, de acordo com os últimos dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), foram realizadas no país 1,5 mil cirurgias em pacientes com menos de 20 anos, representando 5% do total de cirurgias realizadas em 2009. “A legislação brasileira só permite a cirurgia após os 16 anos ou esses números seriam maiores ainda. Muitos chegam ao consultório contando o preconceito que sofrem por serem obesos e acham que a cirurgia é a única solução, mas é preciso muita cautela e o paciente deve ser muito bem avaliado pela equipe clínica”, diz o cirurgião membro titular da SBCBM, Dr. Roberto Rizzi.

Preconceito

Mesmo com o assunto na mídia e diversas campanhas para acabar com o bullying e também reduzir o preconceito com os obesos, uma recente pesquisa realizada pelo HCor - Hospital do Coração - que entrevistou 600 pessoas no Rio de Janeiro e São Paulo - revelou que 50% da população não casaria com uma pessoa obesa e 81% dos entrevistados afirmam que a obesidade interfere na ascensão profissional. “Essa é a realidade que vemos no consultório. Muitos jovens obesos que procuram a cirurgia bariátrica têm a vida social e profissional estagnada, muitas vezes por vergonha e por não querer enfrentar o preconceito que realmente existe na nossa sociedade”, destaca Dr. Rizzi.

Apesar da idade mínima, a cirurgia bariátrica só pode ser indicada no tratamento de pacientes com IMC (Índice de Massa Corpórea - peso dividido pela altura ao quadrado) acima de 40. “A cirurgia bariátrica não é uma cirurgia estética. O paciente precisa passar por um amplo acompanhamento e já ter tentado perder peso pelas formas tradicionais, incluindo consultas com nutricionistas e endocrinologistas. Para pacientes com IMC entre 35 e 40 a cirurgia é liberada para casos com doenças relacionadas à obesidade, como diabetes e hipertensão”, conclui Dr. Rizzi.


Temos que cuidar das crianças, para que não cheguem na adolescência obesas e sofram preconceito, além de ser prejudicial à saúde geral.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ALEITAMENTO MATERNO E AS CRENÇAS ALIMENTARES



Olá, resolvi falar sobre crenças alimentares na amamentação, pois li uma entrevista com uma atriz que está amamentando e que disse consumir cerveja Malzebeer para aumentar o leite. Essa prática não altera a produção do leite e pode ser prejudicial ao bebê. Segue uma rápida explicação: A lactação é uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento de uma criança no seu primeiro ano de vida. A questão do aleitamento materno, não é somente biológica, mas é histórica, social e psicologicamente delineada. A cultura, a crença e os tabus têm influenciando de forma crucial a sua prática. Crença é “convicção íntima; opinião adotada com fé e convicção”. Fé, sinônimo de “confiança”. Mitos são “representações de fatos ou personagens reais, exagerada pela imaginação popular, pela tradição, etc”. Tradição, quer dizer “transmissão oral de lendas, fatos, etc., de idade em idade, geração em geração. Conhecimento ou prática resultante de transmissão oral ou de hábitos inveterados”. As palavras em negrito foram resgatadas, com intuito de trabalharmos com a transmissão cultural. O homem recebe dois tipos de herança ao nascer: a herança cultural e a genética. A cultural transmite costumes, hábitos, valores e idéias, enquanto que a genética, as características físicas. Neste sentido o fator cultural constrói o saber do homem. As crenças e os tabus fazem parte desta construção como herança sociocultural, determinando diferentes significados do aleitamento materno para a mulher. A decisão de amamentar ou não o seu bebê, alimentar-se ou não de determinados alimentos no puerpério depende do significado que a mulher atribui a esta prática. O desmame inicia no momento em que se introduz alimentos sólidos, em torno dos seis meses de idade, às crianças sadias. Porém este período pode variar entre nove meses e três anos. O aleitamento materno além de fator nutricional é uma fonte de segurança para a criança. O aleitamento materno reafirma os laços mãe-bebê: Vaidade, preguiça e praticicidade Muitas mulheres evitam amamentar pois temem engordar e ficar com as mamas caídas, porém há afirmativas de que é a gravidez que induz à deformidade das mamas e não a amamentação. A preguiça também pode ser um empeçilho preguiça, verifica-se uma controvérsia pois o aleitamento materno é a forma mais prática de se ter um leite pronto e em temperatura adequada, quando comparado ao preparo de uma mamadeira:Compreensão A incapacidade de aleitar nos países industrializados está associada a pouca informação e experiência sobre a amamentação. O nível social determina o hábito. A necessidade de retornar ao trabalho não é causa para iniciar o desmame precoce. Os fatores que levam ao maior tempo de aleitamento materno estão associados a “ maior acesso à informação e à atenção médica nos grupos sociais mais privilegiados”. A amamentação “...é uma escolha individual que se desenvolve dentro de um contexto sociocultural, portanto influenciada pela sociedade e pelas condições de vida da mulher”. O aleitamento materno além de ser biológico é histórico, social e psicologicamente delineado, estando a cultura, a crença e os tabus influenciando de forma crucial a sua prática, interferindo na construção de uma herança sociocultural e determinando diferentes significados ao aleitamento materno para a mulher. Desta maneira, levando a amamentar ou não o seu bebê, alimentar-se ou não de determinados alimentos no puerpério. Utilizaram como estimulantes para aprodução de leite, frutas, suco, Plasil, leite, sopa de fubá, carne branca, couve, queijo, goiabada, chá mate, canjica, Malzebeer, gema de ovo, caldo de frango, canja e enfatizaram muito a necessidade da ingestão de líquidos. Ainda que existam estudos quanto a nutrição da lactante no período da lactogênese, sugerimos que sejam realizadas pesquisas para comprovar como e por quê a canjica, as frutas e demais alimentos citados pelas mulheres, aumentam a produção do leite, embora saibamos que o aleitamento materno sofre influências multidimensionais ou seja bio, psico, histórico e sóciocultural. Oriento para que as mulheres não consumam alimentos com o propósito de aumentar a produção de leite sem o conhecimento do Nutricionista, pois o consumo de alimentos com teor alcóolico, pode prejudicar o bebê e até trazer alguma doença relacionada. Até o próximo post. Roberta