quarta-feira, 13 de abril de 2011

ALEITAMENTO MATERNO E AS CRENÇAS ALIMENTARES



Olá, resolvi falar sobre crenças alimentares na amamentação, pois li uma entrevista com uma atriz que está amamentando e que disse consumir cerveja Malzebeer para aumentar o leite. Essa prática não altera a produção do leite e pode ser prejudicial ao bebê. Segue uma rápida explicação: A lactação é uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento de uma criança no seu primeiro ano de vida. A questão do aleitamento materno, não é somente biológica, mas é histórica, social e psicologicamente delineada. A cultura, a crença e os tabus têm influenciando de forma crucial a sua prática. Crença é “convicção íntima; opinião adotada com fé e convicção”. Fé, sinônimo de “confiança”. Mitos são “representações de fatos ou personagens reais, exagerada pela imaginação popular, pela tradição, etc”. Tradição, quer dizer “transmissão oral de lendas, fatos, etc., de idade em idade, geração em geração. Conhecimento ou prática resultante de transmissão oral ou de hábitos inveterados”. As palavras em negrito foram resgatadas, com intuito de trabalharmos com a transmissão cultural. O homem recebe dois tipos de herança ao nascer: a herança cultural e a genética. A cultural transmite costumes, hábitos, valores e idéias, enquanto que a genética, as características físicas. Neste sentido o fator cultural constrói o saber do homem. As crenças e os tabus fazem parte desta construção como herança sociocultural, determinando diferentes significados do aleitamento materno para a mulher. A decisão de amamentar ou não o seu bebê, alimentar-se ou não de determinados alimentos no puerpério depende do significado que a mulher atribui a esta prática. O desmame inicia no momento em que se introduz alimentos sólidos, em torno dos seis meses de idade, às crianças sadias. Porém este período pode variar entre nove meses e três anos. O aleitamento materno além de fator nutricional é uma fonte de segurança para a criança. O aleitamento materno reafirma os laços mãe-bebê: Vaidade, preguiça e praticicidade Muitas mulheres evitam amamentar pois temem engordar e ficar com as mamas caídas, porém há afirmativas de que é a gravidez que induz à deformidade das mamas e não a amamentação. A preguiça também pode ser um empeçilho preguiça, verifica-se uma controvérsia pois o aleitamento materno é a forma mais prática de se ter um leite pronto e em temperatura adequada, quando comparado ao preparo de uma mamadeira:Compreensão A incapacidade de aleitar nos países industrializados está associada a pouca informação e experiência sobre a amamentação. O nível social determina o hábito. A necessidade de retornar ao trabalho não é causa para iniciar o desmame precoce. Os fatores que levam ao maior tempo de aleitamento materno estão associados a “ maior acesso à informação e à atenção médica nos grupos sociais mais privilegiados”. A amamentação “...é uma escolha individual que se desenvolve dentro de um contexto sociocultural, portanto influenciada pela sociedade e pelas condições de vida da mulher”. O aleitamento materno além de ser biológico é histórico, social e psicologicamente delineado, estando a cultura, a crença e os tabus influenciando de forma crucial a sua prática, interferindo na construção de uma herança sociocultural e determinando diferentes significados ao aleitamento materno para a mulher. Desta maneira, levando a amamentar ou não o seu bebê, alimentar-se ou não de determinados alimentos no puerpério. Utilizaram como estimulantes para aprodução de leite, frutas, suco, Plasil, leite, sopa de fubá, carne branca, couve, queijo, goiabada, chá mate, canjica, Malzebeer, gema de ovo, caldo de frango, canja e enfatizaram muito a necessidade da ingestão de líquidos. Ainda que existam estudos quanto a nutrição da lactante no período da lactogênese, sugerimos que sejam realizadas pesquisas para comprovar como e por quê a canjica, as frutas e demais alimentos citados pelas mulheres, aumentam a produção do leite, embora saibamos que o aleitamento materno sofre influências multidimensionais ou seja bio, psico, histórico e sóciocultural. Oriento para que as mulheres não consumam alimentos com o propósito de aumentar a produção de leite sem o conhecimento do Nutricionista, pois o consumo de alimentos com teor alcóolico, pode prejudicar o bebê e até trazer alguma doença relacionada. Até o próximo post. Roberta

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